Olá. Percebemos que o seu navegador está desatualizado.
É preciso utilizar um navegador atualizado para correta experiência dentro do site. Abaixo sugestões de uso dos principais navegadores:
Google Chrome Mozilla Firefox
Hello. We noticed that your browser is out of date.
You must use an updated browser for the correct experience within the site. Below are suggestions for using the main browsers:
Google Chrome Mozilla Firefox
Hola. Notamos que su navegador está desactualizado.
Debe usar un navegador actualizado para la experiencia correcta dentro del sitio. A continuación hay sugerencias para usar los principales navegadores:
Google Chrome Mozilla Firefox

Da guerra à crise energética: qual o impacto na transição energética do Brasil e do mundo?

30/11/2022
Mercado Livre de Energia
Crise energética na Europa traz impactos em todo o mundo

A crise energética na Europa expôs a necessidade de mudanças urgentes na geração de energia em diferentes partes do planeta para substituir os combustíveis fósseis.

Diminuição do sistema de aquecimento. Alimentos mais caros. Cuidado redobrado com luzes acesas de modo desnecessário. Monumentos sem iluminação na maior parte da noite. Essa é a realidade que envolve a crise energética na Europa.

As consequências provocadas pelo problema afetam diferentes países, principalmente com a aproximação do inverno. A principal explicação é a guerra que envolve Rússia e Ucrânia, duas nações exportadoras de gás natural, uma das principais fontes de energia.

Responsável por causar instabilidade e insegurança no continente europeu, o conflito pode trazer impacto também à transição energética em diferentes partes do planeta. Quer saber de que maneira isso pode acontecer? E como ficaria o Brasil nesta situação?

Acompanhe a leitura deste conteúdo e tenha mais informações sobre o tema.

O que é transição energética?

O movimento de transição está ligado à mudança na base da matriz energética. Ela deixa de ser baseada em combustíveis fósseis para se tornar em fontes renováveis. A medida é necessária para diminuir o impacto causado no meio ambiente, trazendo maior equilíbrio.

Entretanto, esse não é um processo simples que pode ser feito da noite para o dia. Isso porque demanda planejamento, estudos e investimento do governo para subsidiar outras alternativas como hidrelétricas, painéis fotovoltaicos, usinas eólicas ou de biomassa.

Descubra como funciona o mercado de energia em diferentes partes do mundo!

A transição energética é essencial para o meio ambiente
A transição energética tem como um de seus principais pilares proporcionar maior equilíbrio com o meio ambiente.

Transição energética na Europa

A crise energética na Europa escancarou um problema de insegurança no setor que uma série de países no continente possui. Essas nações são extremamente dependentes da importação de combustíveis fósseis, principalmente de russos e ucranianos.

Devido à chegada do inverno, muitos lugares optaram por estocar gás natural a fim de evitar o desabastecimento e impedir a falta de energia. Entretanto, a estratégia aliada ao conflito no leste europeu levou a uma intensa procura, fazendo os preços subirem.

Entre os 27 países da União Europeia, o petróleo e o gás natural despontam como as principais matérias primas para gerar energia. As fontes renováveis aparecem somente na terceira posição, segundo a Eurostat, organização estatística do bloco econômico.

A maior parte do continente tem uma matriz energética formada por:

  • 77%: petróleo, gás e carvão;
  • 14%: energia nuclear;
  • 9%: fontes renováveis.

Os dados ressaltam o porquê de uma crise energética na Europa em meio ao conflito na Ucrânia. Com a matriz energética ainda dependente de combustíveis fósseis em níveis elevados, a transição tende a ser vista sob a perspectiva de dois pontos diferentes.

No primeiro, menos otimista, há uma expectativa que a transição seja mais lenta, pois os esforços do governo vão estar concentrados em outras frentes. Entre elas, o próprio conflito na Ucrânia, além do abastecimento de energia em xeque e os preços em alta.

Já o segundo envolve um cenário otimista devido à necessidade de uma transição para o uso de energias renováveis. Isso iria demandar um esforço grande do governo para auxiliar ao longo do processo com o objetivo de superar a dependência de petróleo e gás natural.

Como fica a transição energética no Brasil e em outros lugares do mundo?

O Brasil deve sentir o impacto da guerra e de um cenário internacional caótico de maneira diferente comparado aos países europeus. A nossa matriz energética é 84% composta por fontes renováveis, enquanto o restante se dá por meio de combustíveis fósseis.

A transição energética brasileira já vem acontecendo de maneira gradual nos últimos anos, principalmente pelo destaque no uso da energia sustentável. O país se coloca em uma posição confortável, tendo a hidrelétrica como principal geradora de energia

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a matriz nacional a partir de alternativas sustentáveis é formada por:

  1. Hidrelétricas (água): 63,8%;
  2. Eólica (ventos): 9,3%;
  3. Biomassa e biogás: 8,9%;
  4. Solar centralizada: 1,4%.

Dessa forma, o risco de acontecer algo semelhante à crise energética na Europa é menor, pois há diversidade na matriz. A geração de eletricidade não depende da importação de petróleo e gás natural de Rússia ou Ucrânia, o que promove maior segurança no segmento.

Ao mesmo tempo, é fundamental diversificar os meios de obter energia no Brasil. Com uma alta dependência das hidrelétricas, o país sofre com o risco de racionamento e a elevação de preços em períodos de crise hídrica, quando o nível dos reservatórios diminui.

Entenda como funciona a comercialização da energia elétrica!

Ásia e África

Na Ásia, países como Sri Lanka, Índia, Bangladesh e Paquistão têm sentido os efeitos da crise na energia. Altamente dependentes da importação de gás natural e petróleo, esses lugares sofrem com apagões e elevação nos preços de combustíveis e eletricidade.

Os problemas também afetam a China, que tem os combustíveis fósseis como principal forma de gerar energia. Simultaneamente, uma das principais potências do mundo sofre com a falta de chuvas, o que diminuiu o nível de reservatórios e impactou nas hidrelétricas.

Mesmo assim, os chineses mantêm os planos de transição energética. A ideia é expandir o uso de fontes renováveis em 1% ao ano até 2030, uma meta que interessa a todo o mundo. O país é responsável por 30,7% da emissão de CO2 proveniente de combustíveis fósseis.

A crise energética na Europa passa pelas fontes de energia do continente
A queima de combustíveis fósseis está entre as principais formas de obter energia, causando a emissão de CO2, danosa à natureza.

Esses combustíveis fósseis constituem também a maior parte da matriz na África. Só que o continente apresenta contrastes em relação à transição. Há um baixo consumo energético por conta do baixo desenvolvimento industrial na maior parte dos países.

Isso faz com que 40% da população não tenha acesso à eletricidade. Ao mesmo tempo, há um potencial grande para o desenvolvimento de energias renováveis, principalmente a solar e a eólica. Além disso, há matérias-primas inovadoras, como minerais e hidrogênio verde.

Estados Unidos

A crise energética na Europa tem refletido também nos Estados Unidos, mas sob outra perspectiva. O governo do país promoveu incentivos fiscais e muitas empresas europeias estão migrando as operações à América do Norte devido à necessidade de reduzir custos. 

Recentemente, um pacote com 369 bilhões de dólares para apoiar a transição energética foi anunciado entre os norte-americanos. O principal objetivo é reduzir em 40% as emissões de carbono no país dentro dos próximos oito anos. Dessa forma, trazendo benefícios, como:

  • Aumento das fontes renováveis na matriz energética;
  • Diminuição de custos com energia;
  • Segurança energética ao país;
  • Equilíbrio na relação com o meio ambiente;
  • Descarbonização.

De acordo com o Relatório Renewables Global Status Report, 156 países contam com incentivos fiscais para estimular o uso de energias renováveis. Esse tem sido um esforço coletivo para diminuir os efeitos das mudanças climáticas no cotidiano da população.

Os cenários de transição energética são diferentes em cada parte do mundo, mas existe um ponto comum: a busca pela mudança. A crise energética na Europa expôs a necessidade de ter uma maior segurança energética, bem como ampliar o uso de fontes renováveis.

Saiba como o mercado se posiciona em relação à crise energética. Acesse nosso conteúdo exclusivo!

Voltar